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Este artigo se trata de uma resenha do “A Ira - Capítulo VII”, do livro, “Quatro Gigantes da Alma: O Medo, A Ira, O Amor, O Dever”, de Mira y López.
O Capítulo começa dizendo que A Ira ou Gigante Rubro, surgiu do Medo, e aparece nas primeiras manifestações de vida na Terra e, na Bíblia, Deus aparece carregado dela.
De certo modo a Ira, aparentemente, está como efeito oposto ao Medo, “mas colabora com ele na destruição e no sofrimento” (p. 72) e pode fazer aliança com O Amor e O Dever.
Freud associou ao Gigante Rubro “aos 'instintos de morte' ou 'tanicodestrutivos” (p. 73) que pode se direcionar de modo agressivo em direção ao exterior (assassinato) ou interior (suicídio).
Em termos e proporções de substâncias, algumas delas reagem perante excitações gastando “calor e energia” (p.73), como os explosivos. Na dimensão celular essa reação chama-se “irritabilidade” e constitui de um processo inflamatório. Essa “irritabilidade” contrasta com a “inatividade”
Já indo para um escala em um nível maior, nos animais em uma posição superior, ao invés da presença, a ausência que de alguns estímulos que “irritam” o Ser. Continuando a falar sobre os animais, existe um modo de comportamento, na ascensão da escala das espécies, em que esse “irritar” ocorre sem aparente gatilho ou estímulo “e que, em psicologia, se designa como qualificativo da agressividade.” e complementa dizendo que “Nem todos os seres irritáveis são agressivos, mas todos os agressivos são irritáveis” (p. 74) e inclui os homem nessa última classe, colocando-o como ambicioso e discorre sobre essa ambição humana. Então se associa a Ira, novamente, ao Medo, em situações em que aquele, gera este e detalha que não há o sentir Ira, sem sentir Medo. E que ao depararmos com o limite e o fracasso acontece que a Ira surge e, isso também ocorre, quando recebemos um insulto com alguma veracidade, caso o contrário ela não surgiria. Acrecenta se, então, que ela funciona como uma defesa de outro Gigante associado, o próprio Medo.
Já sobre o recém-nascido, não sabemos o que ele expressa durante as expirações inicias, mas sabemos que ele está pronto para incorporar o Gigante Rubro, a Ira, e ele pode ou consegue “estourar” ou “explodir”, por estar como necessário, para ele libertar a sua carga excessiva de energia por meio da ação.
Segue-se uma explanação sobre a Ira no desenvolvimento individual, suas
várias formas – a Ira, a Cólera e o Rancor – respectivamente de cores vermelha,
verde e pálida. Suas muitas intensidades – denominadas da mais leve à mais
intensa: o estar decididamente ou com firmeza, o protesto interior ou “shocking”
(chocante), a rebelião pessoal, a Ira desenfreada, a Raiva e a Fúria. E o
Capítulo encerra com os múltiplos disfarces ou “camuflagens” da Ira - o “impulso
reivindicativo” ou “sede de Justiça”, a crítica, a ironia (iro-nia), o
humorismo e a soberba –, além de breve expressão sobre oposto do humorismo, o
verdadeiro “bom humor” - sendo este ligado ao
amor.
A próxima resenha – a Parte C relativa a este livro - abordará o
Capítulo seguinte do mesmo, o “Quatro Gigantes da Alma: O Medo, A Ira, O Amor, O
Dever”, de Mira y López – com o resumo de “Estudo
Especial do Ódio - Capítulo VIII”.
Mais sobre raiva?
- A Raiva – Uma Revisão Bibliográfica - Parte 1: na Terapia Cognitivo-Comportamental:
https://aliceunbound.blogspot.com/2020/04/a-raiva-uma-revisao-bibliografica-parte.html
- A Raiva – Uma Revisão Bibliográfica - Parte 4: entre os “Quatro Gigantes da Alma: O Medo, A Ira, O Amor, O Dever” - de Mira y López – Parte A:
https://aliceunbound.blogspot.com/2020/12/a-raiva-uma-revisao-bibliografica-parte.html
- Algumas Palavras – XLV – Versão Revisada:
https://aliceunbound.blogspot.com/2020/07/algumas-palavras-xlv-versao-revisada.html
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