Sobre a atenção e a inteligência humana:
“Binet havia estudado direito e ciências naturais antes de
se envolver com psicologia. Era, em grande medida, um autodidata; contudo, o
fato de ter trabalhado por mais de sete anos com Jean-Martin Charcot, no
Salpêtrière, deu-lhe um conhecimento profundo dos procedimentos experimentais e
de suas necessidades de precisão e planejamento cuidadoso. Seu desejo de
estudar a inteligência humana floresceu com o fascínio despertado pelo
desenvolvimento de suas filhas. Binet notou que a rapidez e a facilidade com
que elas absorviam novas informações variavam de acordo com a quantidade de
atenção que dedicavam ao assunto. O contexto e a disposição mental da criança
pareciam ser fundamentais para o aprendizado.
(...)
Os trinta testes de Binet-Simon, organizados por grau de
dificuldade, deveriam ser aplicados em condições cuidadosamente controladas.
Binet aprendera, ao observar suas filhas, que as crianças se distraem com
facilidade e que o nível de atenção é um ponto crítico para o desempenho. Binet
via a inteligência como uma mistura de faculdades mentais multifacetadas e
controladas pelo juízo prático, atuando num mundo real e em eterna transformação.”
- “O Livro da Psicologia”, Capítulo “A Inteligência Individual não tem uma Quantidade Fixada – Alfred Binet (1857-1911)”, p. 51-52
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