"Cada um de nós escolhe, pela nossa maneira de prestar atenção às coisas, o universo que habita e as pessoas que encontra. Mas, para a maioria de nós, essa ‘escolha’ é inconsciente e, portanto, não é de fato uma escolha. Quando pensamos acerca de quem somos, possivelmente não conseguimos recordar de todas as coisas que já experienciamos, de todos os comportamentos e qualidades que já demonstramos. O que nos vem à mente quando perguntamos ‘Quem sou eu?’ consiste das coisas em que prestamos atenção no decorrer dos anos. O mesmo acontece com nossas impressões acerca de outras pessoas. A realidade que se nos apresenta não é tanto aquilo que está lá fora, mas sim aqueles aspectos do mundo nos quais focamos nossa atenção
A atenção é sempre altamente seletiva. Se você se considera um materialista, é possível que esteja prestando atenção principalmente nos objetos e nos eventos físicos. Qualquer coisa não física parece ‘imaterial’ para você, no sentido de que não existe de fato, exceto talvez apenas como um subproduto de matéria e energia. Mas, se você se vê como uma pessoa espiritual ou religiosa, é muito provável que preste mais atenção às coisas menos tangíveis. Deus, alma, salvação, consciência, amor, livre-arbítrio e causalidades puramente espirituais podem parecer bem mais reais para você do que as partículas elementares e os campos de energia. Na minha opinião, se você fosse capaz de focar sua atenção de acordo com sua vontade, poderia de fato escolher o universo que parece habitar."
- B. Alan Wallace, "A revolução da atenção: Revelando o poder da mente focada"
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