domingo, janeiro 26, 2020

A Revolução do Altruísmo - Resenha


A presente resenha tem como base o livro “A revolução do altruísmo”, escrito por Matthieu Ricard (1946 - ), e enfocará os Capítulos Um e Dois dessa obra.


Capítulo Um


Este capítulo cobre as diversas definições e conceitos do tema principal do livro, o “altruísmo”. Ele começa questionando se o “altruísmo” seria um estado ou traço de carácter. Matthieu Ricard coloca que existem muitas definições e que algumas delas estão como contraditórias.


Adiante, mas no mesmo capítulo, diz-se sobre a raiz etimológica da palavra “altruísmo” e sobre o primeiro uso dessa mesma expressão. Em seguida, mostra-se o conceito de acordo com Thomas Nagel, Stephen Post e o nome dado a essa atitude – de altruísmo – em outras línguas: ágape, maitri e karuna.


A abordagem do tema central desse livro está que alguns autores enfatizam ”a passagem à prática, enquanto outros consideram que é a motivação que define o altruísmo e qualifica nossos comportamentos.” (p. 39).


Durante o Capítulo explicasse sobre a carreira, de Daniel Batson, que a dedicou ao mesmo tema nuclear, do livro de Ricard, resenhado aqui. Analisa se a concepção do tema, segundo Kristen Monroe, que afirma da importância de boas intenções, mas que é preciso agir com o objetivo de “contribuir para o bem-estar do outro.” (p. 40) e correr algum risco.


A ideia acima recebe reforço, com o dizer de Ricard, sobre o altruísmo se caracterizar pela motivação, diferenciando-a assim de um comportamento egoísta, mas – acrescenta – não podemos definí-lo “com base na simples constatação de suas consequências imediatas.” (p. 42) e – adiciona que – podemos examinar nossas motivações e discriminar se estão como egoístas ou altruístas.


Matthieu expressa que “Atribuir mais valor ao outro” e “sentir-se envolvido em uma situação” como “componentes essenciais do altruísmo.” (p. 42) e posiciona “O fato de sentir alegria em fazer o bem ao outro, ou de extrair além disso os benefícios para si mesmo, não torna em si um ato egoísta.” (p. 42) e que não necessita de nosso sofrimento para estar categorizado como altruísta, o “sacrifício” está como relativo, sendo que este está para alguns como uma realização e ilustra essa situação com uma história.


Para Ricard, fazer altruísmo inclui considerar as necessidades dos outros – segundo Swamiprajnanpad também, deve: “estar perfeitamente adaptado à realidade e necessidades do outro.” (p. 43) – e não “projetar” nada sobre o outro. O autor do livro detalha ainda que existe uma defasagem entre “os programas de ajuda” (p. 43) e a necessidade e aspirações da população auxiliada.


Apresenta-se então que o “altruísmo” no pensamento de Daniel Batson está como um “estado” (transitório - força que desaparece quando se alcança o objetivo) e descreve que a pessoa pode ter uma mescla de motivações que contém altruísmo e egoísmo, ao mesmo tempo.


Ricard expõe a possibilidade de falarmos de uma disposição altruísta – algo como um traço de personalidade (mais ou menos permanente, diferenciado dessa ideia para Daniel Batson, que o coloca como um “estado”) - divido entre: “altruísmo incondicional” e “altruísmo restrito”.


O livro cita também o tema central/essencial – o altruísmo – como valor pessoal e comportamento pró-social, por exemplo: o voluntariado – estendendo esse até como uma maneira de ser ou jeito de ser.


Capítulo Dois


O Capítulo inicia com uma epígrafe sobre a expansão da repercussão do altruísmo. Passa-se colocando de que existe a facilidade e naturalidade de estarmos como benevolentes em relação às pessoas próximas ou bem-intencionadas em relação a nós e a dificuldade de estendê-la à muitas pessoas ou pessoas mau intencionadas em relação à nossa pessoa. Porém podemos “treinar mentalmente” o altruísmo. Mattieu Ricard diz que abordará os métodos para esse treinamento. Tendo como objetivo não promover uma atitude espiritual ou espiritualista, mas o valor universal vindo da filosofia e prática budista, de modo que não vá contra nenhuma religião, mas que não dependa de nenhuma delas.


O budismo conceitua “altruísmo” como “o desejo que todos os seres encontrem a felicidade e as causas da felicidade.” (p. 46). E como “felicidade” não está como o conceito de transitório “de bem-estar ou sensação agradável” (p. 46), mas que tem bases diversas qualidades, incluindo o “altruísmo”. E narra uma citação do Dalai Lama que propõe: “Para sentir uma compaixão e uma benevolência verdadeiras para com o outro devemos escolher uma pessoa real como objeto de meditação e aumentar nossa compaixão e nosso amor benevolente em relação a essa pessoa, antes de estende-lo a outros. Trabalhamos com uma pessoa de cada vez; caso contrário nossa compaixão corre o risco de diluir-se em um sentimento muitíssimo generalizado e nossa meditação perderá concentração e força.”1 (p. 47).


Ricard considera o amor altruísta como benevolência incondicional para com todos. Para ele, as “causas do sofrimento” incluem causas imediatas e visíveis, assim como as profundas, tendo como essência a ignorância – que significa “compreensão errônea” (p. 47) que se desdobra ao “cultivo de estados mentais perturbadores” (p. 47) que funciona em um ciclo vicioso.


O altruísmo tem duas faces: a benevolência e a compaixão – a primeira deseja a felicidade, enquanto a segunda a cessação do sofrimento – faces que podem durar enquanto algum ser estiver sofrendo.


A definição do livro para empatia está “como a capacidade de entrar em ressonância afetiva com os sentimentos do outro, e de conscientização de sua situação” (p. 48) e sinaliza a intensidade do sofrimento do outro e desenvolve a transformação do amor altruísta em compaixão.


O Capítulo continua, colocando-se o altruísmo em um contexto de não satisfazer “todos os desejo (…) dos outros” (p. 48) de forma irrestrita, ele “deve ser iluminado pela lucidez e sabedoria” (p. 48), sendo uma atitude de bondade sem limites, com discernimento sem falhas. Deve se considerar todo o contexto, o sistema e interações da situação. Ele – o altruísmo – deve agir de modo imparcial.


Após isso, na próxima seção do texto vemos o conceito de regozijo que significa estar alegre pela alegria dos outros.


Um trecho dessa seção expressa que o altruísmo pode levar a “atitudes parciais” (p. 48) – o que ocorre, por exemplo, quando damos mais atenção a uma criança por nos ser mais simpática, enquanto outras precisam mais de nossa ajuda. E acrescenta que devemos estendo a atitude altruísta para os animais, ou melhor dizendo, para todos os seres independente de qualquer situação ou característica (que esse ser possui).


A seção seguinte fala sobre superar o medo, que faz parte do altruísmo a coragem e que para intensificar nosso comportamento altruísta precisamos desenvolver a, própria, coragem.


O texto prossegue dizendo que quanto maior nossa compaixão, maior nossa motivação para o alívio de sofrimento. Que precisamos identificar precisamente a necessidade do outro e a “necessidade última de todo ser vivo” - de acordo com o budismo - está de estar em estado liberto do sofrimento.


Passa-se então a classificação – segundo o Dalai Lama – para os dois tipos de altruísmo: o natural e o expandido – com o primeiro a pessoa já o tem e não necessita de treinamento, ocorre principalmente no “amor parental (…) [nos] laços de parentesco” (p. 50) e está como “limitada e parcial” (p. 50). Já o oposto do altruísmo natural, o altruísmo expandido, funciona ao contrário: está como imparcial e precisa (para a maioria das pessoas) de treinamento.


A extensão do altruísmo desdobra-se em duas “etapas principais” (p. 51): (1) a de percebermos as necessidades e a de (2) darmos valor a muitos, a todos os seres – indo além de círculos sociais mais próximos. E Darwin focou nessa expansão – a todos os seres - e considerava-a necessária – e Einstein falou de ampliar a compaixão incluindo “todas as criaturas vivas e toda a natureza em sua beleza.” (p. 51).


Está motivação de expandir o altruísmo, tem início na conscientização de que não quero sofrer, nisso me projeto e, assim, compreendo a consciência do outro ser, entendendo que eu, como ele, também não quer sofrer, e que nós desejamos nos libertar “do sofrimento” (p. 51).


Existem pessoas que vivenciaram condições não propícias para se desenvolver e diante dessa situação temos que ela se automutila e/ou acaba com a própria vida – o que ocorre por “falta de amor, de sentido, de autoconfiança e ausência de direção clara em suas vidas” (p. 52). Essas ações expressam desespero, pedido de ajuda e mostram o não saber “encontrar a felicidade, ou estejam impedidos pela brutalidade das condições externas.” (p. 52).


O altruísmo e a compaixão têm dois aspectos não definidamente separados: o aspecto cognitivo e o emocional. A primeira compreende em diferenciar “as causas imediatas ou duradouras, superficiais ou profundas dos sofrimentos do outro e ter a determinação de soluciona-los” – sendo algumas das características desse aspecto. Já o segundo aspecto, o emocional inclui: “emocionar-se com o sofrimento do outro, sofrer por ele estar sofrendo, ficar alegre quando ele está alegre, e triste quando está aflito” (p. 52). Então o livro esclarece que a “causa fundamental do sofrimento é a ignorância” (p. 52) que consiste e tem raiz “no ódio, na avidez, no egoísmo, no orgulho, na inveja e em um outros estados mentais” (p. 53) chamadas no budismo de “toxinas mentais”. Salienta, também que essa “ignorância”, causa do sofrimento, não está como simplesmente falta de informação, mas como uma distorção da percepção da realidade. Essa distorção, ou ilusão, está em percebermos “o mundo exterior como uma série de entidades autônomas às quais atribuímos características que lhe parecem próprias.”, que aparecem também como divididas estritamente em “agradáveis” e “desagradáveis” e o comportamento nesse processo percepção de dualidade. Acrescenta-se a percepção de “eu” ou ego, que “nos parece real e concreta.” (p 53).


Após essas considerações, reflete-se sobre o conceito de Daniel Batson de altruísmo e a necessidade dentro do budismo de desfazer a ilusão. Considera-se sobre a impermanência que Buda “apontava” o “caminho”, por qual ele passou. No entanto ele dizia para seguirmos por nós mesmo e chegarmos a conclusão sozinhos, não simplesmente acreditando no que ele falava. Ele nos deixou um “mapa”, mas nós podemos ir ao “território”, por nós mesmo, em outras palavras, “trilhar” essa “via”. Desse modo o Capítulo prossegue colocando sobre a libertação da ilusão.


Expõe, em seguida, a presença do amor altruísta e a compaixão “não como recompensa” (p. 54) e sua ausência não como punição. E que esses elementos, altruísmo e compaixão não tem base em julgamentos morais, mas não o excluem.


Enumera e descreve as Quatro Nobres Verdades: (1) a verdade do sofrimento, (2) das causas do sofrimento, (3) da cessação do sofrimento e (4) do caminho para a cessação. Termina desenvolvendo a temática dessa libertação do sofrimento e da ignorância, na visão budista: o nirvana.


Crítica


Os dois primeiros Capítulos da “revolução do altruísmo” demonstram uma linha de raciocínio, que para apreende-la, em todo a sua toda a sua extensão necessita-se de uma leitura atenciosa. Aborda os diversos conceitos de “altruísmo” e desenvolve alguns desdobramentos a partir daí, sendo o ponto que considero mais relevante está em colocar como possibilidade o treinamento do altruísmo.


Recomendação


Recomendo esse livro para os interessados em “atenção plena” - ou “consciência plena”- dentro e fora do Budismo – o “mindfulness laico”-, além de mais especificamente àqueles interessados no desenvolvimento da meditação compassiva – aquela que deseja a libertação do sofrimento – e a de amor-bondade – que visa à felicidade.


1 Reflexão sobre a prática.


Referência


RICARD, Matthieu. A revolução do altruísmo. Tradução: Inês Polegato. Revisão Técnica: Lucia Benfatti, Martha Gouveia da Cruz, Tamara Barile. São Paulo: Palas Athena, 2015.


Update (29/08/2002)


Mais resenhas?


A Ciência da Meditação: Como transformar o cérebro, a mente e o corpo – Resenha:


https://aliceunbound.blogspot.com/2019/12/a-ciencia-da-meditacao-como-transformar.html


Por Que o Budismo Funciona: Como a psicologia evolucionista e a neurociência explicam os benefícios da meditação–Resenha:


http://aliceunbound.blogspot.com/2020/01/por-que-o-budismo-funciona-como.html


O Cérebro e a Inteligência Emocional: Novas Perspectivas – Resenha:


http://aliceunbound.blogspot.com/2020/01/o-cerebro-e-inteligencia-emocional.html

sábado, janeiro 25, 2020

O Cérebro e a Inteligência Emocional: Novas Perspectivas - Resenha



Daniel Goleman (1951 - ) escreveu “O Cérebro e a Inteligência Emocional”. Goleman, psicólogo conhecido internacionalmente por divulgar a Inteligência Emocional, está como um meditador e escreveu livros sobre meditação. Tendo mais de uma década escrito para o New York Times sobre psicologia e ciência do cérebro e ajudou a implementar em escolas aulas de inteligência emocional. Além disso, tem escrito vários livros sobre Inteligência Emocional, desde o clássico intitulado com esse tema, à outros – que funciona como atualizações do primeiro: “Inteligência Social” e “O Poder da Inteligência Emocional” - assim como uma série de artigos para a Harvard Business Review.


Nesse livro ele aborda as “Novas Perspectivas” sobre a Inteligência Emocional ou “IE” - continuando as atualizações sobre o assunto.


O livro desta resenha constitui de uma Introdução, mais quinze capítulos e uma seção de Notas.


Introdução


A “Inteligência Emocional” consiste no aprendizado social/emocional e está como essencialmente relevante para uma “liderança destacada” (p. 7). Já a “inteligência emocional” aparece como um novo campo da ciência a “neurociência afetiva”.


O livro aqui resenhado mostra aplicações das capacidades da “inteligência emocional” e apresenta três modelos que abordam essa inteligência: a de Peter Salovey e John Mayer, a de Reuven Bar-On e a desenvolvida pelo próprio Daniel Goleman.


A inteligência emocional é um conjunto distinto de capacidades?


Goleman inicia o capítulo contando sobre uma pessoa que ele conheceu que tinha nos testes de QI notas perfeitas, mas não tinha um bom desempenho acadêmico concreto. Ele segue e cita Howard Gardner, seu amigo de pós-graduação, que escreveu sobre “inteligências múltiplas” em 1980 e que argumentou como necessário para uma inteligência estar considerada como diferente, ou distinta, tem que ter uma área cerebral singular que a governe e regule.


Atualmente, foram identificados circuitos específicos de inteligência emocional, diferentes do QI.


Autoconsciência


Este Capítulo sintetiza-se em: descobertas recentes “sugerem como regiões do cérebro envolvidas na autoconsciência nos ajudam com a ética e tomada de decisões em geral” (p. 19).


O estado cerebral certo para a função


Para termos “autoconsciência” precisamos de “autodomínio” mais “autorregulação” - sendo esses dois últimos essenciais para a inteligência emocional.

Logo depois dessa definição, coloca se sobre as vantagens e desvantagens do bom humor e do mau humor.


O cérebro criativo


Neste capítulo Goleman mostra um pouco da “neuromitologia, os mitos da neurociência, mostrando como equivocada a dualidade entre “Cérebro direito bom; cérebro esquerdo ruim.” (p. 29), assim como a crença que opunha o hemisférios direito e o esquerdo em termos de localização da criatividade – uma ideia essa que está desatualizada. Para os dias de hoje, quando se fala em um hemisfério se especifica se direito ou esquerdo e mais precisamente se “anterior”, “médio” ou “posterior”. E sobre a criatividade temos que analisar a relação não só “direito-esquerdo”, mas “acima-abaixo” – o cérebro todo.


Expressa que o hemisfério direito se diferencia do esquerdo, sendo que o “direito tem mais conexões neurais” (p. 30). Já quanto a criatividade precisa de analisar todo o cérebro: “direito-esquerdo-acima-abaixo”.


Enumera se e descreve “um modelo clássico de quatro estágios de criatividade” (p. 31) composta de (p. 31): (1o.) “define e enquadra o problema”; (2o.) “mergulhe, cave fundo”, (3o.) “se solte” e (4o.) “execução” - e esclarece que na vida nem sempre funciona assim.


Ao observar o funcionamento do cérebro – ondas em um eletroencefalograma - durante o momento criativo, vemos que ocorre uma “atividade gama muito elevada que surge trezentos milissegundos antes de a resposta chegar a nós.” (p. 33) – isso acontece “na área temporal, um centro na lateral do neocórtex direito” - e corresponde a “área do cérebro que interpreta metáforas e 'entende' as piadas” - e - “entende a linguagem do inconsciente, o que Freud chamava de 'processo primário': a linguagem dos poemas, da arte, dos mitos. É a lógica dos sonhos, no qual tudo acontece e o impossível é possível.” (p. 33).


Autodomínio


O “autodomínio” compõe se de “autoconsciência” e “autogestão”. Existem competências baseadas na “autogestão emocional” como: “gerenciamento de emoções, motivação concentrada para atingir metas, adaptabilidade e iniciativa” (p. 37).


A área essencial da “autorregulação” está no “córtex pré-frontal”, enquanto a amígdala está como ponto que dispara com a angústia, raiva, impulso, medo e assim por diante. A interação entre essas duas constrói uma “rodovia neuronal” que está como base para o autodomínio, quando em equilíbrio.


Normalmente não podemos prever qual, quando e quanto das nossas emoções, que vem “da amígdala ou de outras áreas subcorticais.” (p. 39).


Nossa escolha acontece quando sentimos uma forma específica, como reagimos ou respondemos à isso neurologicamente chama-se de “autorregulação”.


Após o tema acima, acrescenta-se informações sobre o “sequestro da amígdala” - nome de quando ela domina o resto do cérebro -, como diminuí-lo e do problema dos erros dela, que são causadas pela quantidade de sinais, dos sentidos, que ela recebe.


Controlar o estresse


Ele começa narrando o episódio de uma amiga confusão deflagrada por uma fusão de organizações e o aparecimento de “memorandos mentirosos sobre o que acontecera.” (p. 45) – e que para controlar essa perturbação está a estratégia de tirar “vantagem de outra dinâmica entra a área pré-frontal e o circuito da amígdala.” (p. 46).


Richard Davidson descobriu que quando estamos sequestrados pela amígdala, fica elevada a atividade do córtex pré-frontal direito, enquanto e quando nos sentimos bem essa alta ocorre no córtex pré-frontal esquerdo.


Motivação: o que nos emociona


Discursa se sobre a motivação, a origem da palavra, a relação da motivação com a natureza, sobre metas, o conceito de “Bom Trabalho” de Howard Gardner, a visão de David McClelland dos principais motivadores para as pessoas: (1) “necessidade de poder” - no sentido de influenciar e impactar as pessoas -; (2) “associar” - ter prazer em estar com as pessoas – e (3) “necessidade de realização” - alcançar uma meta plena de sentido. Além disso desenvolve uma breve ideia sobre o perfeccionismo.


Desempenho ótimo


Mostra a “relação entre estresse e despenho” (p. 61), a lei Yerkes-Dodson. Sucede o assunto para o conceito de “fluxo” de Mihaly Csikszentmihalyi, estado que corresponde ao desempenho ótimo da lei Yerkes-Dodson.


O cérebro


Capítulo dedicado à empatia e em que aparece a afirmação de Goleman: “nossa consciência da realidade interna de outra pessoa e da nossa são, (…) ambas atos de empatia” (p. 75). Nos detalhes, o capítulo apresenta sobre os “neurônios-espelho” e o contagio das emoções. como esse ocorre e os três ingredientes da empatia: (1) (prestar) atenção; (2) estar não verbalmente em sincronia e (3) o sentimento positivo.


O cérebro social online


Este Capítulo tem em seu núcleo a ideia de que quando não conhecemos as pessoas com as quais trocamos apenas mensagens de texto, costuma gerar problemas, e uma das soluções para isso estar em conhecer a pessoa pessoalmente, via chamada telefônica ou, mesmo, teleconferência.


As variedades da empatia


Expões sobre os três tipos de empatia: empatia cognitiva, empatia emocional e preocupação empática.


Diferenças de gênero


Em resumo a diferença de gênero está que “em média as mulheres tendem a ter melhor pontuação em inteligência emocional do que os homens – mas somente em média, e há dados conflitantes sobre isso.” (p. 91) e com essa ideia central o capítulo se ocupa dos detalhamentos entorno dela.


O lado obscuro


Esta parte do livro, trata sobre “a tríade negra”: os narcisistas, maquiavélicos e sociopatas – dividindo esse último elemento da tríade em três tipos subclínicos no meio organizacional: o intimidador, o fraudador e o aproveitador.


Desenvolvendo a inteligência emocional


São revistas as implicações das descobertas sobre inteligência emocional para o coaching e o desenvolvimento emocional, entre elas:


  • A neurogênese (nascimentos de neurônios) que ocorre todos os dias – informação adquirida pelo mapeamento no laboratório de Richard Davison;


  • Alteração de hábitos, mau hábito e motivação.


Aprendizagem emocional social


A capacidade de inteligência emocional começa na infância e procede no decorrer da vida como um todo. Fala sobre o movimento da “aprendizagem social/emocional” ou SEL que constituí do ensino “de todo o espectro das capacidades da inteligência emocional” (p. 104).


Recomendação e Crítica


Recomendo este livro para leigos e cientistas interessados em conhecer sobre a inteligência emocional e o cérebro. A proposta deste livro está em não apresentar como exaustiva no tema que o concerne, nem ter um peso ou dificuldade de leitura de uma obra técnico-científica, proporcionando uma leitura leve, rápida, divertida, simples e clara – com ilustrações coloridas.


Referência


GOLEMAN, Daniel. O Cérebro e a Inteligência Emocional: novas perspectivas. 1 ed. Tradução: Carlos Leite da Silva. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.


Update (29/08/2002)


Mais resenhas?


A Ciência da Meditação: Como transformar o cérebro, a mente e o corpo – Resenha:


https://aliceunbound.blogspot.com/2019/12/a-ciencia-da-meditacao-como-transformar.html


Por Que o Budismo Funciona: Como a psicologia evolucionista e a neurociência explicam os benefícios da meditação–Resenha:


http://aliceunbound.blogspot.com/2020/01/por-que-o-budismo-funciona-como.html


A Revolução do Altruísmo – Resenha:


http://aliceunbound.blogspot.com/2020/01/a-revolucao-do-altruismo-resenha.html

quarta-feira, janeiro 22, 2020

Por Que o Budismo Funciona: Como a psicologia evolucionista e a neurociência explicam os benefícios da meditação–Resenha


A presente resenha crítica tem por base o livro “Por Que o Budismo Funciona”, de Robert Wright. Sendo Wright um jornalista, professor – de filosofia e religião - e escritor – do famoso livro “O Animal Moral”. Ele possui grande bagagem de conhecimento acerca de Psicologia Evolucionista e Budismo.


“Por Que o Budismo Funciona”, tem originalmente o nome de “Why Buddhism is True”, que seria mais acuradamente traduzido como “Por Que o Budismo é/está Verdadeiro” - e consiste de uma Nota ao Leitor, dezesseis capítulos, um Apêndice, Nota sobre a Terminologia, Agradecimentos, Notas e Bibliografia.


Esta resenha pretende abarcar os Capítulos: 1, 3, 6, 7 e 8.


Capítulo 1 – Tomando a pílula vermelha


O livro inicia contando sobre um filme denominado Matrix – que conta a história de Neo, que como a maior parte da humanidade está presa em uma espécie de sonho e que se liberta pela ação de rebeldes. Para escapar dessa prisão – chamada de Matrix - Morpheus, um dos rebeldes, oferece duas possibilidades ou escolhas para Neo, a pílula azul e a pílula vermelha – a primeira o deixaria no sonho e a segunda, a que eles escolhe e toma, o desperta – da ilusão.


“Por Que o Budismo Funciona”, tem como temática central a meditação e diz que o livro, “O Animal Moral”, foi um dos três pedidos para que Keanu Reeves lesse para interpretar Neo, em Matrix.


Robert Wright (15 p.) define “psicologia evolucionista” como: “o estudo de como o cérebro humano é projetado – pela seleção natural – para nos ludibriar e até mesmo nos escravizar”, um pouco mais à frente ele (p. 15) detalha, que “Ser um produto da evolução de forma nenhuma é apenas uma história de escravidão e ilusão” e que e “a seleção natural é um processo cego.”, que se “preocupa” (entre aspas por não ter uma “visão”, consciência, desse processo) com passar à próxima geração os seus genes e assim, ou desse modo, não são as percepções, os pensamento e os sentimentos que nos guiam pela vida todos os dias, nisso está como irrelevante se esses elementos são verdadeiros, o nosso cérebro foi “planejado” ou “construído” para nos iludir.


A ilusão pode nos levar a bons e maus momentos, então não está como necessariamente algo ruim ou errado.


Uma possível ilusão seria comer fast-food (“comida rápida”), ficar pouco tempo satisfeito e desejar mais. Isso ilustra o quão sutil podem ser nossas ilusões, e Robert Wright (p. 17) argumenta neste livro que as ilusões vão se acumulando, com isso causam uma distorção em larga escala, uma desorientação muito significativa e repleta de consequências como um delírio absoluto.


A “comida rápida” nos exemplifica o processo geral da atração do “prazer sensorial” , que está limitado a um curto tempo e, logo, passamos a procurar, desejar o próximo momento desse tipo de prazer. Buda afirmou que a vida tem “sofrimento” – dukkha, que pode ser traduzido também com “insatisfação”.


Existem ilusões diversas, para anseios diferentes e uma desta está em superestimarmos a felicidade que as coisas nos darão.


Wright nos coloca uma determinada indagação - “se você estive projetando organismos para serem bons em disseminar os próprios genes, o que faria para que eles buscassem os objetivos que atendem a esse propósito?” - e lista ideias nessa direção, em síntese: buscamos e temos prazer e ele se esvaece rapidamente, nos deixando insatisfeitos – fomos “projetados” para passar nosso genes e não para estarmos felizes – e com o tempo podemos ter mais prazer na expectativa de um evento, do quando ele em si ocorre.


A compreensão desse processo (exposto acima) tem valor limitado para nos libertar da ilusão, pode não tornar a vida melhor e, talvez, piora-la. Uma vez constatado isso, Wright, questiona se o budismo ocidental e a meditação seriam um caminho para fora dessa ilusão, falsa percepção, então ele foi para um retiro de “meditação mindfulness” ou “atenção plena”. Essa meditação consiste em estar no aqui e agora e nas escrituras budistas antigas foi chamada de sati. Uma dessas escrituras, Os Quatro Fundamentos da Atenção Plena, nos fala sobre meditar sobre aspectos impuros do corpo humano e que está como aceitável mudanças evolutivas do pensamento e prática budista.


Essa evolução (do pensamento e prática budista), no mundo moderno, não cortou raízes do pensamento antigo. Ele, Wright, passa a falar da sua experiência no retiro, que teve vivencias intensas, conversou com especialistas no assunto e, além disso, participou de outros retiros e estabeleceu uma prática diária. Ele finaliza o Capítulo falando de uma boa nova que a prática e filosofia budista oferecem esperança para a saída da ilusão e que outras tradições espirituais que também fazem isso. O budismo traz um diagnóstico e uma cura, felicidade e “clareza de visão” (p. 25).


Capítulo 3 – Quando sentimentos e sensações são ilusórios?


Para o budismo sentimentos e sensações, apenas são, ele vem e passam.


Caso queira saber se a meditação o aproxima da verdade está como bom questionarmos se alguns dos sentimentos e sensações das quais ela liberta o afastam ou não da verdade.


Sentimentos e sensações – no consenso dos cientistas – têm a função de nos, assim ocorre com os animais também, aproximar ou afastar, de coisas boas ou ruins, para nós, respectivamente.


Podemos nos perguntar sobre a veracidade ou não dos nossos sentimentos e sensações - nesse caso, podemos considera-los ”verdadeiros” se atraem coisas boas ou afastam, de ruins -, mas estão como “falsos”, quando aproximam as ruins de nós.


Quando os sentimentos e sensações estão como falsos, “como a seleção natural deixaria algo assim acontecer?” (p. 42). A reposta está que existe um descompasso em relação ao ambiente para o qual fomos “projetados/planejados” e o que nós vivemos, hoje em dia.


Podemos colocar as sensações e os sentimentos como falsos ou verdadeiros dentro de outro contexto, “alguns deles não contêm apenas julgamentos implícitos sobre ser bom ou ruim para o organismo fazer determinadas coisas; eles vêm acompanhados de crenças reais e explícitas sobre elementos no ambiente e sobre como eles se relacionam com o bem-estar do organismo.” (p. 43) – essas podem estar como verdade ou falsidade.


Capítulo 6 – O seu CEO está desaparecido


Esse Capítulo começa falando “do discurso do Buda sobre o não-eu” (p. 85) e narra o desenrolar no qual Aggivessana “ataca” Buda. Esse adversário acaba por admitir não ter total controle sobre o próprio corpo, “sensações, percepção e, assim por diante” (p. 86) – ele não tem poder “como um rei sobre o próprio reino.” (p. 86).


O pensamento científico, dois mil e quinhentos anos depois de Buda, possui o mesmo entendimento dele, sobre não existir uma espécie de governante supremo na mente, um “eu consciente” – não há um “presidente”, “diretor executivo” ou “primeiro-ministro” nesse contexto – essa visão na comunidade científica possui quase unanimidade. Vemos, então, que a mente consciente não está no controle – sendo uma selva, sem rei da selva. Perceber essa inexistência de controle, nos leva, por meio paradoxal, à a termos certo “controle” ou poder real.


Nossas escolhas não são feitas de forma consciente e racional, elas são feitas de modo “não-consciente” e criamos narrativas para “justificar” ou “colocar uma causa”, que não existe, aos nossos comportamentos. Existe indício de que o cérebro se autoengana e existem formas de fazermos as pessoas agirem de modo sem perceberem. Podemos achar que estamos “dirigindo” o “filme” de nossas vidas, mas estamos apenas “assistindo-o”.


Wright questiona o porquê da “seleção natural” “projetar” um cérebro que iluda a própria pessoa que o compõe. Ele responde como possível causa de que quando acreditamos em algo, fica mais fácil convencer outra pessoa a acreditar nisso e, assim, nos deixa com certa vantagem, convencendo os outros de que temos controle.


Iludimos-nos inclusive achando que estamos em cima da média, sendo que poucos estão assim, a pessoa média, se costuma se ver “como acima da média em muitas dimensões” (p. 92) da vida. As pessoas tem costume também de achar se menos propensas que as outras ao autoengano. Tendemos a ter mais lembrança de detalhes de experiências positivas, “como se os acontecimentos positivos fossem especialmente mais apropriados para serem compartilhados.” (p. 93). Essa assimetria – entre fatos positivos e negativos- não existe na lembrança de eventos ocorridos com outras pessoas.


“Editamos” o fato cada vez que o contamos – omitindo momentos inconvenientes e aumentando os convenientes. Além disso, as pessoas tem momento em que não se veem em tal “alta conta.” (p. 94) – pessoas extrovertidas lembram mais experiências positivas e as neuróticas mais das negativas, mas em ambos os casos elas estão em ilusão. Vivemos, ao menos, com duas ilusões: “sobre a natureza do eu consciente” (p. 94) e do “tipo de pessoa que somos – todo mundo se acha capaz e honesto.” (p. 94).


Na psicologia evolucionista uma resposta comum a como as decisões são tomadas está na ideia de que a mente está como “modular”. Os “módulos” não devem ser considerados como: (1) um bando de compartimentos físicos; (2) diferentes módulos sendo como “lâminas de um canivete suíço ou aplicativos de um smartphone” (p. 96) – ou mesmo que funcionam “como departamentos no organograma de uma empresa” (p. 97).


Os módulos tem um funcionamento “caótico” e “auto-organizado”, oscilando em um espectro entre o caos e a organização, em momentos diferentes e Gazzaniga diz sobre esse contexto que “Qualquer noção de que você se torne consciente em um determinado momento é a que subiu à tona e saiu vencedora, a que se tornou dominante.” (p. 98) – os sistemas competem “para chegar à superfície” (p. 98) e se tornarem conscientes.


Em geral as histórias que conto sobre mim – o resultado de escolhas – meu “eu” não costumam ser responsável por elas.


Robert Wright termina o Capítulo falando da semelhança entre o pensamento de Kurzban no livro Why Everyone (Else) is a Hypocrite: Evolution and the Modular Mind [Por que todos (os outros) são hipócritas: evolução e a mente modular] e o conceito budista de não-eu.


Capítulo 7 – Os módulos mentais que controlam sua vida


O Capítulo inicialmente aborda a “função de utilidade intertemporal” que consiste em abdicar de receber algo para ter mais desse algo no futuro. Em seguida, falasse da impermanência, a noção não-eu do budismo e de que mudamos, citando que homens expostos à imagens de mulheres atraentes modificam sua taxa de função de utilidade intertemporal. Lembra-nos do paradoxo que “aceitar que o seu eu não está no controle, e que em certo sentido pode nem mesmo existir, pode colocar o seu eu – ou algo parecido – no controle.” (p. 103).


Esse experimento com homem vendo imagens de mulheres tem a utilidade de mostrar que uma característica considerada muito estável, pode ter sua instabilidade ou impermanência. Robert Wright cita um outro estudo, experimento em que demonstra que nos comportamos de modo diferente de dependendo do nosso humor.


Passa-se a ideia “que temos múltiplos 'sub-eus' ou módulos” e assim podemos questionar o pensamento de que existe um “eu”. Se então não temos esse “eu consciente” o que “muda de canal' colocando outro módulo no comando?” (p. 105). Essa mudança ocorre por meio dos sentimentos, por exemplo, ao assistirmos filmes em que nos deixam em um determinado estado de humor, traz à tona um de nossos módulos, relacionado à esse estado de humor específico. Isso nos leva à duas ideias do budismo: “do não apego aos sentimentos e a (…) do não-eu.” (p. 105).


O tema do capítulo se desloca para o ciúme, como ele pode governar a mente e que a melhor forma de lidar com ele está em “observar o sentimento com atenção plena quando ele começa a surgir, de forma a não se apegar demais a ele. (…) o módulo do ciúme não será ativado.” (p. 107) e conclui que observar sem apego os sentimentos evita que o módulo de um humor específico seja ativado – assim podemos perceber os fatos e fazer a escolha mais sensata.


Capítulo 8 – Como os pensamentos se pensam sozinhos


O Capítulo começa dividindo em tipos que se enquadram mais ou menos dentro de cada uma das “tradições contemplativas do budismo” (p. 115), sendo a Vipāsana mais adequada para psicólogos. Esse uso de estereótipos funciona de modo exagerado, mas Vipāsana está como um bom meio “de estudar a mente humana.” (p. 115). Mais especificamente os psicólogos não fazem isso. A psicologia como ciência, produz dados publicamente observáveis e quando se observa sua própria mente você percebe elementos que não são “vistos” por mais ninguém. Após isso, diz que a relação entre ciência e meditação ocorre de modo inverso, nesse contexto e caso “são as teoria que podem ajudam a validar as observações meditativas sobre a mente.” (p. 116).


Para Wright algumas experiências que as pessoas têm com meditação fazem sentido se observadas pelo modelo modular da mente e lista uma série de instruções para entender a vivencialmente a ideia modular da mente. Na cadeia lógica ele segue para a tendência dos psicólogos compreenderem os módulos como competindo entre si por sua atenção e que se você experimenta um retiro de meditação Vipāsana tenderá a sentir dessa forma.


Ele descreve “Como é observar seus próprios pensamentos”, que os “pensamentos vêm de fora”, como se os pensamentos estivessem “vindo do nada (…): 'No entanto não é como se você literalmente estivesse ouvindo dizer coisas.” (p. 120) e continua “seria mais próximo da realidade dizer que os pensamentos tentam capturar você, aquilo que chama de 'você.” (p. 121). Em outras palavras “o eu consciente não cria pensamentos, ele os recebe.” (p. 122).


Crítica


Considero que o livro aqui resenhado, com base nos Capítulos citados acima, está como um conteúdo de dificuldade mediana ou grande devido aos raciocínios expostos e, ao menos, no meu caso, a “resistência” ou dificuldade de assimilar ideias incomuns colocadas nesse livro.


Recomendação


Esse livro recomenda-se para todos aqueles que têm interesse em meditação, budismo, neurociência e psicologia evolucionista.


Referência


WRIGHT, Robert. Por que o budismo funciona: como a psicologia evolucionista e a neurociência explicam só benefícios da meditação. Tradução: Claudio Carina. Rio de Janeiro: Sextante, 2018.


Update (29/08/2002)


Mais resenhas?


A Ciência da Meditação: Como transformar o cérebro, a mente e o corpo – Resenha:


https://aliceunbound.blogspot.com/2019/12/a-ciencia-da-meditacao-como-transformar.html


O Cérebro e a Inteligência Emocional: Novas Perspectivas – Resenha:


http://aliceunbound.blogspot.com/2020/01/o-cerebro-e-inteligencia-emocional.html


A Revolução do Altruísmo – Resenha:


http://aliceunbound.blogspot.com/2020/01/a-revolucao-do-altruismo-resenha.html

segunda-feira, janeiro 20, 2020

Datas Comemorativas (Hollow One Dates) – Versão 2


- 8/1 (1953) – Aniversário de Peter James Carroll – Ocultista, autor, co-fundador da Illuminates of Thanateros (IOT) e praticante da teoria “magia do caos”.

- 11/1 (2007) – Aniversário de morte de Robert Anton Wilson - Novelista americano, ensaista, filósofo, psiconauta, futurologista e libertário.

- 18/1 (1932) – Aniversário de Robert Anton Wilson – Novelista americano, ensaista, filósofo, psiconauta, futurologista e libertário.

- 19/1 (1809) – Aniversário de Edgar Allan Poe – Escritor, poeta, editor e crítico literário, e está considerado como parte do Movimento Romântico Americano.

- 31/1 (1960) – Aniversário de Grant Morrison – Escritor escocês de histórias em quadrinho (comics) e artista.

- 15/3 (1937) – Aniversário de morte de Howard Phillipis Lovcraft – Escritor estadunidense.

- 4/4 – Dia do Corvianismo.

- 15/5 (1959) – Aniversário de Andrew Eldritch (nascido Andrew William Harvey Taylor) – Vocalista da banda The Sisters of Mercy.

- 23/5 – Dia do Discordianismo.

- 20/8 (1890) – Aniversário de Howard Phillipis Lovcraft – Escritor estadunidense.

- 7/10 (1849) - Aniversário de morte de Edgar Allan Poe – Escritor, poeta, editor e crítico literário, e está considerado como parte do Movimento Romântico Americano.

domingo, janeiro 19, 2020

Livros sobre Mindfulness/Atenção Plena (Laico e/ou Espiritual/Religioso) (Que Li) –Versão 1



Em Português


1 - A Arte de Respirar: O segredo para viver com atenção plena (Dr. Danny Penman)

2 - A pratica da terapia cognitivo-comportamental baseada em mindfulness e aceitação (Lizabeth Roemer e Susan M. Orsillo)

3 - Atenção Plena para Iniciantes: Usando a prática de mindfulness para desenvolver o foco no momento presente, acalmar a mente e transformar a qualidade de vida (Jon-Kabat-Zinn)

4 - Atenção Plena: Mindfulness: como encontrar a paz em um mundo frenético (Mark Williams e Danny Penman)

5 - Autocompaixão: Pare de se torturar deixe a insegurança para trás (Kristin Neff)

6 - Caderno de Atenção Plena (Ilios Kotson e Ilustrações de Jean Augagneur)

7 - Meditação Andando: guia para a paz interior (Thich Nhat Hanh)

8 - Mindfulness e Psicoterapia (Christopher K. Germer, Ronald D. Siegel e Paul R. Fulton)

9 - Mindfulness em Oito Semanas: Um plano simples e revolucionário para iluminar sua mente e trazer serenidade para sua vida (Michael Chaskalson)

10 - Sem Lama Não Há Lótus: a arte de transformar o sofrimento (Thich Nhat Hanh)

11- Viver Agora: Um programa revolucionário de combate ao estresse, à ansiedade e à depressão (Sarah Silverton - Apresentação de Jon Kabat-Zinn)


Em Inglês


1 - Full Catastrophe Living (Revised Edition): Using the Wisdom of Your Body and Mind to Face Stress, Pain, and Illness (Jon Kabat-Zinn)

2 - Integral Meditation: Mindfulness as a Way to Grow Up, Wake Up, and Show Up in Your Life (Ken Wilber)

3 - Mindfulness for Dummies 1ed. (Shamash Alidina)

4 - Mindfulness Workbook for Dummies (Shamash Alidina e Joelle Jane Marshall)

5 - Wherever You Go, There You Are: Mindfulness meditation for every day life (Jon Kabat-Zinn)

quarta-feira, janeiro 15, 2020

Sobre Cursos–Parte 1: Cursos Online de Universidades Estrangeiras, Grátis

Update 17/02/2023
Se fosse sintetizar minha vida em uma frase, talvez fosse: "Busca por conhecimento!".

Para aqueles que compartilham dessa Busca, apresento um site com diversos cursos online (EAD - Ensino À Distância), gratuitos, de Universidades estrangeiras.


Aí vai o link para o site do "Coursera":

Sobre Cursos–Parte 2: O Budismo e a Psicologia Moderna


Há mais tempo apresentei, aqui, um site com diversos cursos online (EAD - Ensino À Distância), gratuitos, de Universidades estrangeiras – o “Coursera”.


Lá assisti todos os vídeos de um curso - “Buddhism and Modern Psychology”, do Prof. Robert Wright - o indico à vocês:


https://www.coursera.org/learn/science-of-meditation


Lembrando que ele tem versão em espanhol, inglês e húngaro – infelizmente não em português – e está como grátis.

sábado, janeiro 04, 2020

Prática de Vida Integral (PVI) - II - Coluna: Minha PVI Atual – Versão 38


Todo primeiro sábado de cada mês, uma versão atualizada da minha Prática de Vida Integral.


Com o passar do tempo, minha PVI, modificou várias vezes. Atualmente - 4 de dezembro 2019 - continuo praticando a PVI, com algumas mudanças. Venho falar de algumas práticas que tenho feito nos Módulos Básicos (Corpo, Mente, Sombra e Espírito):


=> Corpo:

- Corpo Físico/Grosseiro:

  • Tomar água logo após acordar, seguida de lavar o rosto. Prática Auxiliar: logo antes de dormir, verificar se tem água no copo, para tomar ao acordar. Se não tiver, colocar água nele.

  • Sono: evitar estar no computador uma hora antes de dormir.

  • Alongamentos (incluindo "alongamento relaxante"), fortalecimento muscular, caminhadas.

  • Comer menos rápido: sete refeições por semana.

  • Evito doce uma vez por semana. Acrescento a isso, seis dias da semana em que evito exceder essa ingestão de doce por mais de uma refeição.

  • Evito beber água gelada.

  • Evito beber 500ml ou mais em uma refeição.

  • Evito queijos amarelos, prefiro queijos brancos.

  • Evito também frituras.

  • Além disso tudo, evito alguns outros alimentos.


=> Mente:

  • Leitura diária.

  • Escrita (quase) diária.


=> Espírito:

  • Prática de meditação: de “atenção plena” (“mindfulness”): revezando entre “atenção focada na respiração”, “escaneamento corporal”. (mínimo de 20 minutos por dia, de prática formal)


=> Sombra:

  • Psicoterapia, uma vez por semana.