domingo, outubro 04, 2015

Reflexões sobre uma Crônica de ”Mago: A Ascensão” (Com Revisão e Adição de Segunda Epígrafe)


"Conte-me uma história, uma parábola, uma iluminação. Fale comigo sobre verdades escondidas em metáforas e segredos vistos de relance por trás de uma imagem passageira. Dê-me uma casca crocante de fantasia que eu possa mordiscar. É muito mais saboroso do que o pão seco da sabedoria convencional."

- Habsburgo, Vidente Órfão

"A arte, por exemplo, pode ter objetivos de contestação política e social, mas também pode ter como finalidade reflexões diversas ou simplesmente a apreciação." 

- Wanju Duli, "O Caos dos Iluminados: Introdução à Magia do Caos", p. 42

Há um tempo atrás estava narrando uma Crônica de “Mago: A Ascensão”, denominada “Limites da Realidade” tendo como base um pequeno trecho de esboço dela:

Os personagens jogadores recebem ordem do Conselho das Nove Tradições Místikas para colocarem em prática uma tática com o objetivo de manter a Magia viva: começarem a desafiar os limites da crença dos Adormecidos de até onde vai a Realidade. 

Após algumas sessões narrando essa Crônica, percebi que comecei a refletir sobre os “limites da realidade”, por meio de questionamentos pessoais, vendo que limites “tinham” na minha vida e quando esses limites existiam, mesmo que parcialmente, como limitações que não poderiam ser transcendidas em um determinado espaço-tempo, impostos por algo externo e/ou quando esses limites estavam como limites, mesmo que parcialmente auto-impostos, dependendo de algo interno, em que podia transcendê-los via alguma ação.
Percebi também algo com uma frase que deixei na sala de jogo “on-line”, para reflexão:

"To overcome this suspicion [that magic is supertition, fantasy, and something that cant really happen], the would be magician has to prove himself that MAGIC WORKS, and the only way to do this is by trying it out." 

- Phil Hine, "Prime Chaos"*

Para verificar se alguma crença está limitando de forma auto-imposta, a parte dela que dependia de algo interno, poderia por meio de alguma ação verificar se “sim” ou “não”, quero dizer, dependia de uma ação para ampliar os limites do que pessoalmente estabeleci que acreditava como “limite de realidade" e como possível, e ir além do campo de ações em que atuava e/ou controlava antes, expandindo esse campo, para aréas de ação ainda não atuadas e/ou controladas.
Com isso podemos perceber, como um acontecimento e modo, em que sessões de RPG podem ir além da diversão e contruírem questinamentos sobre nossas vidas, assim como reflexões que podem mudar o nosso modo de pensar e até de agir.

*Tradução: Para superar essa supeita [que a magia é supertição, fantasia e algo que não pode realmente acontecer], aquele que virá a ser mago tem que provar a si mesmo que a MAGIA FUNCIONA, e o único modo de fazer isso é experimentando-a."

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