Will Parfitt
(página 16-17)
Exercício 1: A Compreensão de Malkuth
Para iniciar este exercício você só precisa começar a bater palmas, o mais alto que pude, até sentir formigar a palma das mãos. Em seguida, apenas mantenha as mãos erguidas e sinta o formigamento.
Observe os pensamentos e sentimentos evocados por este gesto. Talvez você se sinta um pouco bobo por estar batendo palmas sem qualquer motivo aparente. Talvez você esteja questionando qual o motivo desse exercício. Qualquer pensamento ou sentimento provocado pelo exercício não faz parte da experiência em Malkuth. Malkuth corresponde ao corpo humano e aos sentidos – qualquer sensação, como o formigamento que você acabou de sentir, é uma experiência de Malkuth. Qualquer outra coisa que tenha acontecido – pensamentos, reações emocionais – é parte do trabalho com as outras esferas, não com Malkuth.
Agora, junte as mãos, do jeito que preferir, observe a sensação de ter uma mão contra a outra. Podem surgir outras reações, como associar esse gesto a prece. Sem desprezar essas reações ou resultados, procure não lhes dar atenção; eles não são Malkuth. Viva apenas a sensação do toque, uma mão contra a outra. Isso, apenas isso, é a pura vivencia de Malkuth.
Agora, olhe para um quadro ou fotografia, pode ser uma figura ou poster na parede, na revista, no jornal, em qualquer lugar. Quando você começar a pensar sobre o tema retratado, ou a expressar emoções, já não está vivenciando mais Malkuth. Você vive Malkuth quando só presta a atenção ao que os olhos vêem, não ao motivo. Não é fácil, mas tente fazer isso apenas por um breve instante.
Finalmente, fale alguma coisa em voz alta, ouça sua própria voz sem interpretar o que está dizendo. O som das palavras, totalmente desprovidas de sentido, é uma experiência de Malkuth. Quando compreendemos as palavras ou quando elas nos causam reações, não estamos mais apenas em Malkuth.
Não tenho a menor intenção de sugestioná-los a achar que existe algo de errado em ter pensamentos, sentimentos, lembranças, reações emocionais e tudo o mais, e que você deve tentar contê-los. Todos esses aspectos pertencem a outras esferas da Árvore da Vida. O único propósito de não reparar nesses aspectos é criar a oportunidade de vivenciar Malkuth isoladamente.
Relatórios do Exercício 1: A Compreensão de Malkuth
Dia 1 (12/05/2022 - quinta-feira)
- Exercício: Exercício 1 - A Compreensão de Malkuth
- Local: Quarto pessoal
- Início-Fim: Noite-Noite
- Duração: 7 min.
- Estado Físico (EF): com as respirações o ritmo foi ficando mais lento. Senti as mãos formigarem quando erguidas, mas demorou alguns momentos. Olhei para a imagem da capa do livro.
- Estado Emocional (EE): mais ou menos tranquilo.
- Relato: os pensamentos ficaram mais "lentos" e "espaçados", a consciência mais "clara".
Dia 2 (21/05/2022 - sábado)
- Exercício: Exercício 1 - A Compreensão de Malkuth
- Local: Quarto pessoal
- Início-Fim: Noite-Noite
- Duração: 9 min.
- Estado Físico (EF): em pé (postura). Consegui sentir as sensações do tato, de só sentir e estar com as mãos erguidas. Associei algo das mãos juntas com postura budista de meditação, logo depois, com um "movimento" mental, apenas senti. Olhei para a capa do livro.
- Estado Emocional (EE): tive emoção de algo "elevado", certo êxtase, ao erguer as mãos.
- Relato: consegui por pouco tempo estar só em Malkuth. Tive certa "desfusão" dos pensamentos no relaxamento ou início do exercício em si.
Dia 3 (28/05/2022 - sábado)
- Exercício: Exercício 1 – A Compreensão de Malkuth
- Local: Quarto pessoal
- Início-Fim: Tarde-Tarde- Duração: 11 min.
- Estado Físico (EF): senti as mãos formigarem e quando as ergui, tive a percepção da visão (ou luz do ambiente) estar mais clara. Tive um sentimento de “êxtase”, mas voltei minha atenção para o formigamento das mãos.
Usei a imagm da capa do livro [“Elementos da Cabala”].
- Estado Emocional (EE): “êxtase” ao erguer as mãos.
- Relato: os pensamentos (como outras vezes que fiz esse exercício) ficaram mais desacelerados.
Fiz esse exeríco [exercìcio] como um todo: em pé.
Referência
PARFITT, Will. Elementos de Cabala. Tradução: Angela Perez de Sá. Rio de Janeiro: EDIOURO S. A., 1993.
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