- A Magia existe – diz Sir Johnson, um experiente mago – e ela está em qualquer lugar!
- Mas como faço para saber isso, viver isso? – Arthur, um não-Iniciado questiona - Parece uma grande bobagem essa tal de Magia.
- Simplesmente abra seus “olhos mágicos”... Não precisamos de um círculo de giz, varinha de carvalho, roupas extravagantes. Tudo isso pode ser dispensado, basta usar sua imaginação, seu “teatro da mente”.
- Isso é viagem! Muita viagem na “mais”onese!
- Lembre-se de que um magista, Hine, escreveu assim: “Para superar essa suspeita [que a magia é supertição, fantasia e algo que não pode realmente acontecer], aquele que virá a ser mago tem que provar a si mesmo que a MAGIA FUNCIONA, e o único modo de fazer isso é experimentando-a.".
- Então vamos, por a mão na massa... – Arthur empolga.
- Isso, vai ser MASSA! – Johnson abre um sorriso amarelo e fica um pouco sem graça com o que acabou de dizer, curvando levemente o rosto. – E no que você está pensando?
- Na “vaca amarela” – o não-Iniciado escorrega verbalmente...
- Ponha sua atenção em sua respiração, como ela está? Sinta o ar... Observe... e vá mais fundo, profundo... Respirando mais profundamente... No seu ritmo... Testemunha o padrão da respiração... No que está pensando?
- Na respiração... E daí? Não vi dragões voando no céu? Nem princesas acorrentadas...
- Mas já está falando e pensando de um jeito novo...
- Sim, mas... – ele se desconcerta...
- Arthur, Magia é Mudança! Agora olhe ao seu redor, a temperatura mudou... A brisa está passando e lá longe um navio vem para os nossos lados. Testemunhe a Impermanência... e o que não muda? A consciência em si - “Isto és Tu”! Ô, O Magista...
- Agora estou vendo tudo mais fantástico e brilhante!
- Sim, ao alteramos mesmo que levemente nosso estado de consciência ou observarmos a impermanência de nossos pensamentos, sentimentos, emoções, memórias ou imagens. Abrimos os olhos como uma “criança que acaba de nascer”, tudo se torna Novo! E cada momento uma dádiva...
- Uau! Estou nascendo?
- Sim, para outra realidade ou, talvez, como Elliot disse: “Não deixaremos de explorar e, ao término da nossa exploração deveremos chegar ao ponto de partida e conhecer esse lugar pela primeira vez.”.
- Esse mundo, é um Novo Mundo!
- Isso, caro rei, Rei Arthur!
...
Sir continua: “esse nascer de novo, o renascer chama-se Iniciação. É um novo tempo, um novo Ciclo, uma nova Vida!”
- Um novo início, após um novo Fim?
- Sim, os Ciclos de Morte e Renascimento. Excalibur, a espada “nascida duas vezes”. Outra metáfora está em transformar o Chumbo em Ouro, o Metal Vulgar em Metal Nobre. São Imagens recorrentes...
- Sir, estamos em outro Universo?!
- Ou melhor – Jonh responde – em um Universo prenhe de vários e múltiplos Universos, um Multiverso!
- Expansão... Estou sentindo isso, isso, uma expansão! Minha mente está se alargando, uma expansão, expansão de Consciência!
- Esse é um novo nascer e É INCRÍVEL!
- Amém!