"Depois da análise de Bucke, passaram-se quase sessenta anos de silêncio nos meios psicológicos, cada vez mais impregnados de Behaviorismo e preocupados com os aspectos e manifestações exteriores do comportamento. A vida interior praticamente caiu no esquecimento a tal ponto que, no Vocabulaire de la Psychologie de um dos meus mestres, Henri Pierón, não se encontra a simples palavra 'psíquismo'... Quanto à 'consciência', ela é definida da seguinte forma: 'Além do seu sentido moral, a consciência, como o observa Hamilton, não é suscetível de definição, já que designa o aspecto subjetivo e incomunicável da atividade psíquica, da qual, fora de si mesmo, não se pode conhecer nada, a não ser as manifestações de comportamento'. É este tipo de definição que fez com que toda uma geração de psicólogos, ditos 'científicos', quase esquecessem da existência da consciência. Eu me incluo entre eles... Esqueceram que a própria Ciência é o produto direto de um fenômeno de CONSCIÊNCIA... Ainda atualmente, alguns behavioristas só se interessam pelo 'input' e 'output', sem preocupação nenhuma pela 'caixa preta'. É contra estes extremos, em parte justificáveis do ponto de vista metodológico, que surgiu a grande reação da Psicologia Humanística, com Maslow, A. Watts, Laing entre outros; é deste movimento que nasceu a Psicologia Transpessoal, onde o Behaviorismo ocupa o seu devido lugar, voltando de modo inesperado em muitos métodos, mas particularmente o de Biofeedback, como o veremos mais adiante."
- Pierre Weil, "A Consciência Cósmica: Introdução À Psicologia Transpessoal 2ed.", p. 24-25
Nenhum comentário:
Postar um comentário