terça-feira, abril 28, 2020

Experiência de Prática Meditativa e “Alteração do Estado de Consciência”


Domingo passado (26/04/2020) terminei uma pequena “jornada” de prática de meditação. Completei uma série de trinta e dois dias, praticando ao menos meia hora por dia, todos esses dias (seguidos), de uma prática chamada de “zazen”, de acordo com Nicholas Graham, e suas instruções – pratiquei de modo adaptado – mas seguindo sua proposta de fazer mais ou menos durante um mês, caso não sinta o efeito/resultado, em uma semana – que seria a de “diminuição da velocidade dos pensamentos”.


Digo que em uma semana ou, talvez, menos, senti certa “alteração do estado de consciência” mas ela só ficou escancarada e evidente do dia 18/04/2020 - sábado- em diante – quando entrei durante esse exercício em um estado significativamente “diferente”. Esse “estado” permaneceu mais ou menos constante, e mais ou menos intenso, nas sessões seguintes – mas quase imperceptíveis nos momentos entre as essas sessões.


Aqui descrevo as instruções de Nicholas Graham, adaptadas, que em outra palavras, quero dizer, como fiz:


Coloquei uma folha branca de papel A4, na vertical, em frente de uma das portas de meu armário, no quarto pessoal, pregada na parte superior por “fita adesiva” - útil pois “diminui as distrações”.


No primeiro e/ou segundo dia, aprendi a distância “adequada” que ficaria nesse exercitar, da porta do armário – distância que “variou um pouco” durante a extensão, da temporada, em que pratiquei. Nos primeiros dias, ao menos em alguns deles, tive sonolência “pesada”, se só contei esses trinta e dois dias, após não ter sono ou sono “leve”.


Exercitei sentando em uma cadeira com encosto – utilizando-o como apoio para as costas-, com os pés sobre um banco de madeira, para que eu pudesse estar firme com os pés lá no chão (indiretamente) - o banco fica entre o meu pé e o chão e tem a função de não deixar os pés no ar ou mal sentado, na cadeira, e com os pés no chão.


Assim, minhas coxas ficam paralelas ao chão, os joelhos com uma dobra de 90o. graus, e os pés também paralelos. Coloquei as mãos apoiadas sobre os joelhos.


Ao sentar, me acomodava na cadeira e mexia os pés – para tirar a tensão deles - e balançava de frente para trás, e de um lado para o outro. Após isso ajustava o pescoço e a cabeça, de modo que olhos, horizontalmente, “caíssem” (ficassem), mais ou menos no centro da folha de papel.


Buscava manter o olhar que não era fixo e sim relaxado, mais ou menos no centro do papel. Muitas vezes, espontaneamnte me percebia, durante o exercíco, em volto em pensamentos, e logo, ao perceber isso, voltava o olhar e a atenção para o centro da A4 e deixava os pensamos passeram “naturalmente”, “agitarem” “naturalmente” - se essa agitação ocorresse – sem força a agitação e sem forçar eles acalmarem.


Com o tempo – após muitas sessões dessa prática - os pensamentos começavam durante o exercício, a “aparecer com menos intensidade” - e como mais muitas sessões -, às vezes, pareciam quase desaparecer e, mais raramente, talvez, desapareciam por alguns décimos de segundo, ou, alguns poucos, segundos.


Dentro de algumas sessões dessa prática, às vezes, buscava tentar contar quanto tempo (aproximado) do exercício, já deveria ter passado. No geral, começava com fases de prática – iniciei; iniciei mesmo; já passou mais ou menos um minuto; e contava mais ou menos um, dois e três minutos de prática; agora comecei a prática mesmo; alguns minutos mais; estou no meio da prática e “agora, só descer”; passei do meio – ás vezes pulava uma ou algumas dessas “marcas” ou acrescentava algumas – como, por exemplo, a quase no fim.


Vejo que essa maneira de “contar” o tempo, vem de uma ansiedade de terminar logo a prática, mas que com o “resultado” ou “estado alterado”, sem perceber, já tinha passado mais tempo do que imaginava. E além disso, colocava o “relógio de pulso” para despertar, e era em termos práticos – a não ser como forma de lidar com a ansia -, desnecessária a “contagem”.


Acho que acima, passei uma ideia básica, com alguns detalhes, de como pratiquei e como foi praticar essa meditação zen-budista, instruído por Nicholas Graham – no seu livro “The Four Powers: Magical Practice for Beginners of All Ages”.


Referência


GRAHAM, Nicholas. The Four Powers: Magical Practice for Beginners of All Ages. Stafford: Immanion Press, 2009.


Update (27/08/2020)


Experiência de Prática Meditativa e “Alteração do Estado de Consciência” – Continuação:


https://aliceunbound.blogspot.com/2020/05/experiencia-de-pratica-meditativa-e.html


Experiência de Prática Meditativa e “Alteração do Estado de Consciência” - Continuação da Continuação:

https://aliceunbound.blogspot.com/2020/08/experiencia-de-pratica-meditativa-e.html

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