sábado, outubro 24, 2015

“Magia Atmosférica” – Atmospheric Magick



“A Arte e a Ciência de causar impacto emocional por meio de ritual!”

- Frater Magick

“Magia Atmosférica” ou Atmospheric Magick está como uma Magia Ritual, quero dizer, que usa o meio ritualístico, como um instrumento, para criar uma “atmosfera”, um clima propício ao aparecimento de um “estado interno”, sendo a maioria das vezes uma “emoção” (“estado emocional”), contudo podendo incluir um “estado mental”, ”estado psicológico” ou mesmo um “estado de consciência”, tanto “usual” como “não-usual”, assim como o estado “extraordinário”, “incomum”, “não-ordinário” ou “alterado”, de “consciência”.

Esse Ritual pode ter o objetivo tanto de entretenimento, diversão, terapêutico, experimental, estético, extático ou de fazê-lo como uma ação em si mesma (for his own sake).


Um exemplo de Magia Atmosférica seria criar uma festa particular, de você com você mesmo, individualmente, ou com companhia, em grupo, de pessoas, encarnadas e/ou desencarnadas e/ou outros seres e/ou entidades, em que se preza o clima e em alguns casos a estética produzida pelo Ritual.

Já ouvi uma pessoa dizer que vai, em festas góticas, pelo visual e a Magia Atmosférica contém essa possibilidade de diálogo, dialética, entre estético-extático e ambiente-atmosfera criada. Às vezes se faz um Ritual Atmosférico, pelo visual, às vezes pela sonoridade, sendo assim, usando isoladamente ou em combinações de todos os 5 cinco sentidos. Podemos então chamar esse tipo de Magia de “Poesia dos 5entidos” ou “Poema dos 5”, e até o ligarmos às práticas Erisianas. A criatividade tem um papel essencial, fundamental nesses rituais e aqui os associamos à Magia do Caos, a criação de seus próprios rituais e sistemas de Magia. Aliás, a Magia Atmosférica, pretende estar como uma construção experimental e um Sistema de Magia um Paradigma Mágicko (Magick Paradigm).

O início da formulação de um Ritual de Magia Atmosférica pode consistir na escolha de uma carga emocional – intensidade e tipo de emoção. E segundamente o “como” produzir essa carga, que pode utilizar o Paradigma da Programação Neurolinguística (Paradigma da PNL), de comunicação, onde temos dois tipos básicos de comunicação: “interna” e “externa” – sendo que as duas, no meu modo de ver, se autoinfluenciam. O Ritual pode ser executado apenas exteriormente (no ambiente externo), interiormente (no ambiente-espaço interno, “como” “comportamento” ou “ação interna”, via visualização e/ou evocação direta de emoção e/ou de qualidade(s)) ou de ambos os modos simultaneamente.

Esses Rituais podem estar vinculador, relacionados e/ou combinados com dramatização, teatro ou mesmo RPG (Role-playing Games), em que se cria um teatralização para si mesmo e/ou para outras pessoas (podendo estar como um teatro no “ambiente interno” e/ou “ambiente externo”.

A Magia Atmosférica não se diferencia de muitos rituais ou processos/ações mágickos e não-mágickos (mundanos), contudo tem um enfoque/concepção/conceito diferente, não tanto em conseguir um efeito, vamos dizer propriamente Mágicko, mas sim criar um clima que se quer vivenciar e sentir.

Pode-se usar nessa modalidade de Magia correspondência de diversos Sistemas de Magia, com a Kabbalah (com as “Esferas/Sephirots”) ou mesmo com o Oriental (como os “chakras”), usando, por exemplo, cores ligadas à emoção e/ou clima/atmosfera, que se quer criar.

Outra possibilidade, ritualística, estar em fazer o Ritual com determinada intenção, seja de apenas usufruir de uma atmosfera interessante e legal, a um objetivo magístico em si, de alteração física e/ou psicológica e/ou social. Também pode se utilizar a “atenção (plena”*) como um “como”, um “modo” ou “atitude” de fazê-la, assim como meditar antes, durante e/ou depois, do Ritual, como qualquer modalidade/tipo de meditação.

A parafernália/instrumentação do Ritual pode usar os 5 sentidos (talvez, o 6 ou outros?!) via música, incensos (e outras formas de aromatizações), alimentos (como comidas e bebidas, que podem seguir uma determinada lista/associação de correspondências), declamação de poemas, posturas de yoga (“asanas”), respiração (incluindo “pranayamas”) e trabalho vocálico (como o uso de “mantras”)., tocar em tecidos e outras formas de utilizar o tato.

Essa Magia está incluída principalmente no Modelo/Paradigma Mágicko Psicológico, mas podemos combiná-la com o uso de entidades (para participar da “festa”), incluindo aí o Modelo de Espírito. O Modelo Energético pode estar também, ao magnetizar para o Ritual ou com o Ritual, o ambiente ou ferramentas mágickas, por exemplo. E no Modelo Cibernético (que não compreendo bem) podemos considerar todo o Ritual como uma troca de informação, entre os modos interno e/ou externo de Comunicação.

Conhecimentos que embasam e ajudam a criar Rituais de Magia Atmosférica estão: (1) Outras formas de Magia Teórico e/ou Práticas; (2) Programação Neurolinguística, (3) Psicologia Analítico-Comportamental e (4) Psicologia Cogntivo-Comportamental.

*Um tipo de meditação (“atenção plena”), chamada em inglês de “mindfulness”, que consiste em estar no “aqui e agora” e presente inteiramente. De acordo, com Menezes e Dell’Aglio (2009), está “como uma prática de abertura, em que há uma percepção dos estímulos, como pensamentos, sentimentos e/ou sensações.” .

Bibliografia Parcial

MENEZES, Carolina Baptista  and  DELL'AGLIO, Débora Dalbosco. Os efeitos da meditação à luz da investigação científica em Psicologia: revisão de literatura. Psicol. cienc. prof. [online]. 2009, vol.29, n.2, pp. 276-289. ISSN 1414-9893.  http://dx.doi.org/10.1590/S1414-98932009000200006.

quarta-feira, outubro 14, 2015

Programa Sync de Meditação – Jornada pela Introdução e as 9 Fases

Para quem procura um programa de meditação (guiada) com ênfase energética e trabalho com chakras, existe o Programa Sync de Meditação (http://www.holoplex.org/#!/c1kpb), o qual completei as todas Fases, incluindo a Introdução. Abaixo, um breve relato das experiências que tive por meio dessa jornada pelas 9 Fases do Programa Sync de Meditação:

- Melhor respiração, respiração mais profunda, capacidade maior de respiração
 
- Sensação de aterramento, firmeza, segurança e conexão com a terra, assim como pés mais firmes no chão (solas dos pés tocando mais no chão, e quentes)
 
- Tosse, talvez uma desintoxicação ("desintossicação")
 
- Lacrimejar somente o olho direito, o suficiente para uma gota escorrer pelo rosto
 

- Formigamento na nuca

- Sensação de expansão do corpo

- Sensação de bem-estar

quinta-feira, outubro 08, 2015

Universo em Desencanto, Reencanto e o Novo

Não, não estou falando da Cultura Racional... Estou falando de uma experiência que tive do mundo/universo, que antes encantado eu estava, maravilhado com o mundo, até que o significado/interpretação do mesmo se tornou tedioso e desencantado para mim, e depois retornei a uma vida animada, reencantada. E... o Novo, que foi a saída para o reencanto e fôlego de viver!

Lembrando vagamente da teoria atômica de Leucipo e Demócrito comecei a desanimar com o mundo/universo, percebendo/significando o mesmo como apenas uma recombinação de peças básicas e de número limitado, como, em metáfora, se o mundo fosse todo feito de Lego (acho que essa metáfora aparece no “O Mundo de Sofia”, de Jostein Gaarder, livro que li e muito gostei principalmente do final, que considerei muito surreal! Recomendo-o!) e que a vida não passava de recombinações dessas peças encaixadas de modos diferentes, em combinações limitadas e de quantidades de peças, também limitadas.  Enfim, as possibilidades finitas.

Com o tempo percebia que cada momento tinha sua “energia”, uma percepção do total das sensações ou o “felt sense” (aqui essa, última expressão linguística, tem o significado de acordo com o trabalho/Obra de Eugene Gendlin, um filósofo) diferente, mas não tinha muito consciência disso e só consegui “simbolizar” e tomar plena consciência disso, quando lendo Ken Wilber, percebi que na sua hierarquia, cada nível superior dessa, apresentava qualidades/características novas, não encontradas nos elementos pertencentes aos níveis inferiores; como por exemplo, átomos incluem partículas subatômicas, moléculas incluem átomos, tecidos orgânicos incluem moléculas, órgãos incluem tecidos, organismos incluem órgãos, e a cada nível se encontra uma novidade além dos elementos que compõem o nível anterior. E aí, veio o “boom”! Como na Gestalt, o todo está como maior que soma das partes. Então cheguei à conclusão, que a “configuração geral” de cada momento era Novo! Então consegui a libertação de um mundo com tons de cinza, limitado e finito, para um mundo de diversidade de cores vivas/vívidas e brilhantes, vibrante! Para um mundo sempre-mutante, sempre cheio de novidade e estimulante, em que cada momento não está como a repetição do anterior, mas sim, único, precioso e significativo! E fui bem-vindo ao Infinito!

domingo, outubro 04, 2015

Reflexões sobre uma Crônica de ”Mago: A Ascensão” (Com Revisão e Adição de Segunda Epígrafe)


"Conte-me uma história, uma parábola, uma iluminação. Fale comigo sobre verdades escondidas em metáforas e segredos vistos de relance por trás de uma imagem passageira. Dê-me uma casca crocante de fantasia que eu possa mordiscar. É muito mais saboroso do que o pão seco da sabedoria convencional."

- Habsburgo, Vidente Órfão

"A arte, por exemplo, pode ter objetivos de contestação política e social, mas também pode ter como finalidade reflexões diversas ou simplesmente a apreciação." 

- Wanju Duli, "O Caos dos Iluminados: Introdução à Magia do Caos", p. 42

Há um tempo atrás estava narrando uma Crônica de “Mago: A Ascensão”, denominada “Limites da Realidade” tendo como base um pequeno trecho de esboço dela:

Os personagens jogadores recebem ordem do Conselho das Nove Tradições Místikas para colocarem em prática uma tática com o objetivo de manter a Magia viva: começarem a desafiar os limites da crença dos Adormecidos de até onde vai a Realidade. 

Após algumas sessões narrando essa Crônica, percebi que comecei a refletir sobre os “limites da realidade”, por meio de questionamentos pessoais, vendo que limites “tinham” na minha vida e quando esses limites existiam, mesmo que parcialmente, como limitações que não poderiam ser transcendidas em um determinado espaço-tempo, impostos por algo externo e/ou quando esses limites estavam como limites, mesmo que parcialmente auto-impostos, dependendo de algo interno, em que podia transcendê-los via alguma ação.
Percebi também algo com uma frase que deixei na sala de jogo “on-line”, para reflexão:

"To overcome this suspicion [that magic is supertition, fantasy, and something that cant really happen], the would be magician has to prove himself that MAGIC WORKS, and the only way to do this is by trying it out." 

- Phil Hine, "Prime Chaos"*

Para verificar se alguma crença está limitando de forma auto-imposta, a parte dela que dependia de algo interno, poderia por meio de alguma ação verificar se “sim” ou “não”, quero dizer, dependia de uma ação para ampliar os limites do que pessoalmente estabeleci que acreditava como “limite de realidade" e como possível, e ir além do campo de ações em que atuava e/ou controlava antes, expandindo esse campo, para aréas de ação ainda não atuadas e/ou controladas.
Com isso podemos perceber, como um acontecimento e modo, em que sessões de RPG podem ir além da diversão e contruírem questinamentos sobre nossas vidas, assim como reflexões que podem mudar o nosso modo de pensar e até de agir.

*Tradução: Para superar essa supeita [que a magia é supertição, fantasia e algo que não pode realmente acontecer], aquele que virá a ser mago tem que provar a si mesmo que a MAGIA FUNCIONA, e o único modo de fazer isso é experimentando-a."